-Tristão não amava Isolda!
-Como assim?
-Não, não amava. Ele amava o amor. Era apaixonado pela idéia de estar apaixonado.
Esse é um trechinho de Romance, o filme, que vi e adorei. Pequenos prazeres de uma terça-feira do mais puro cotidiano. Por conta desse pequenino diálogo, que é libertador, que a gente escuta na voz do Wagner Moura, ou de um amigo numa conversa agradável num bar qualquer, ou sofistica lendo fragmentos de um discurso amoroso.
É que qualquer um se reconhece nessa mania de mitificar o amor! É mesmo tentadora a idéia de uma cena de separação ao som de Estranho Amor, de Caetano Veloso. Há muita poesia nisso. Mas, quando alguém nos conta, mais uma vez, que ele não segue necessariamente essa imposição de arrebatamento, que vem seguido de angústia, de medo e de todos os infortúnios do "grande amor", pode-se respirar aliviado e seguir amando de verdade, nas filas de supermercado e nos congestionamentos insuportáveis do trânsito, por aí!
3 comentários:
E com a mania de mitificar o amor acabasse sem viver o amor. Nunca o é. Sempre virá. Mas, afinal, quando será amor?
Amamos o amor, mas imagino (taí, mais uma vez o plano ideal) que a delícia mesmo seja reconhecer viver o amor, mesmo que seja por um breve tempo. E venha, novamente, as dúvidas e os dilemas. E a saudade. Claro. Só depois é que vem a experiência. Ou é possível reconhecer durante?
afff
ps: o importante é que a nossa emoção sobreviva...frase de Paulo César Pinheiro....pra substituir àquela, que diz, que o que importa é o sentimento! heheheh
viajei?
um beijo, flor! Minha prima- escritora
Vericota
correção: acaba-se!
Queridona, se vc viajou não importa! O importante é que a emoção sobreviva porque o que importa é o sentimento! RS Juntei as duas, agora, que é pra ficar ainda mais original! Rio sozinha de lembrar de vc entoando essa frase...Eu estou lançando a campanha: deixe de mitificar o amor! Vc vai aderir? Rs Beijo
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