O que a Simone de Beauvoir, a Fal Azevedo e a Leila Diniz significam? São todas mulheres e ponto. Tá, mas que tipo de mulher? Uma que foi jovem na década de 30 e cujo discurso é mais atual que o dos anos 2000; outra que mistura tempero com drama e levanta a bandeira da força feminina, e, a última, que posa grávida de biquini nos anos 60 e morre de acidente de avião se tornando um mito! Bem, ignorando minha definição ridícula e simplista, na verdade o que eu quero saber é: o que têm essas garotas que fazem com que o meu objeto literário atual se resuma a seus perfis? Ou melhor, o que tenho eu, nesse momento, para me interessar só sobre esse assunto?
As respostas podem parecer óbvias, mas não são. Os mais apressados poderiam dizer que se trata de identificação, admiração pelo vanguardismo dessas mulheres. Seria paixão pelo feminismo? Busca de referências? Poderia até ser, mas noutra hora. É que eu estou atravessando um momento totalmente mulherzinha, contrariando todas as expectativas. Nem mesmo o apogeu da liberdade conquistado com a casa nova foi capaz de aplacar a onda Amélia - daquelas que reclamam por alguém que carregue suas sacolas.
Começo a fazer autoterapia. Será que meu subconsciente anda dando sinais? Será que está fazendo uma seleção de obras educativas para que eu não caia no meu próprio conto do vigário? Será que é uma resposta à minha obsessão pela cor lilás?
Se toda mulher é meio Leila Diniz, eu estou na sua fase dona de boutique. E se a minha teoria tem algum fundamento, acho bom o mercado literário se apressar e trazer novas obras! Nesse intervalo eu resolvi tirar o Jamie Oliver da prateleira e meu programa preferido dessa semana será fazer um brownie pra tomar com sorvete.
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7 comentários:
Querida, o que posso te dizer? Você escolheu ótimas companhias femininas. Mas a melhor delas ainda é você mesma. Mulherzinha ou não. Bjs, Bjs
Espero "compartilhar" a receita do Oliver...e juntas faremos "hermanasterapia"...hahaha
Daquelas q falo um monte de abobrinhas e vc fica pensando se tem ou não fundamentação teórica!
besitos mana
By the way: sobre Amélia...as raízes são fortes, ah q se entregar (DE VEZ EM QUANDO)a essa influência genética...
Pôxa, então vc está dizendo só abobrinhas enquanto eu te levo a sério? tsc, tsc...Deveria reconsiderar essa atitude totalmente cruel! hahaha Vai ver que é por isso que tantas coisas já não funcionaram! rs Agora vc vai ver o que vai rolar na hermanoterapia...Vou ser o seu caso mais complexo! 1ª sessão: sábado, no aniversário do Sr. Brasil, com direito a sobremesa feita por "moi"!
me identifiquei total... no meu caso, acrescento ainda a Clarice Lispector e toda sua tristeza cheia de glamour, q se revezava com os momentos de colunista feminina... já leu essas colunas dela, publicadas nos anos 60? engraçadíssimas!
aliás, prazer em conhecer. eu sou Maíra. e cheguei aqui pelo blog de alguma amiga sua.
=)
bjossss
Oi Maíra, legal! Apareça sempre! A gente aqui compartilha bem as amizades! Sobre as colunas da Lispector, já as li! Teve uma compilação chamada Correios Femininos e era inacreditável pensar que ela escrevia sobre aqueles assuntos de forma tão mulherzinha! rs Bj
Aliás, Maíra, ou seria bonequinha de luxo? Rs Parabéns pelo blog, que simpático! Até tentei deixar recado no post: Aula de balé, mas minha burrice eletrônica não permitiu! Não consegui! Adoro ballet clássico, é feminino, delicado, e não precisa ser encarado como algo castrador! Vai fundo!
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